Fronteira Brasil-Paraguai - Ponte Internacional da Amizade, lado paraguaio, em 15 de setembro de 2015 |
O dia reservado chegou e atravessei a pé a Ponte Internacional da Amizade que une Brasil-Paraguai (veja este vídeo em que atravesso a pé a referida ponte). Já no percurso desta, observei fisionomias distintas que faziam sentir a cultura paraguaia.
Ao descer a Ponte, e pisar oficialmente em solo estrangeiro, fui assediado por dezenas de pessoas que de forma incessante e insistentemente se dirigiam a mim ao mesmo tempo com estas palavras e expressões:
Amigo, quê procuras? Eletrônicos? Perfumes... 3 meias por dez reais, vai levar? quatro meias, cinco... seis... sete... oito... nove... dez...(chegou a 15 meias!). Eletrônicos da Sony; produto original; posso deixar para você no hotel; Tá procurando celular, games...? Quê procura; Quê deseja?
Enfim, era um mar de pessoas e palavras. Embora fossem providas de fisionomias paraguaias, as palavras eram portuguesas. E assim foi por toda a minha visita em Ciudad del Este, no Paraguai: cada loja que eu entrava, os vendedores me recepcionavam com um português de sotaque gringo. Os camelôs falavam fluentemente nosso bom português. Até os chineses e coreanos que na cidade se instalaram, falavam no idioma brasileiro.
Não havia um só lugar que a relação econômica, pessoal e profissional não fosse feita em português. Ciudad del Este respirava, vendia, comia e falava em português.
E é assim até os dias de hoje. O forte comércio em Ciudad del Este, no Paraguai, foi feito para os brasileiros. Por isso, os paraguaios viram a necessidade de aprender nosso idioma. Essa aprendizagem não foi difícil: milhões de brasileiros que chegavam (e chegam) à Ciudad del Este para comprar mudaram grandiosamente a vida dos paraguaios que passaram a ouvir mais o português que as suas duas línguas oficiais - o espanhol e o guarani!
Portanto, é em Ciudad del Este onde o Paraguai fala português!
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